Bullying é uma forma de violência que ocorre entre todos os meios sociais. Palavra de origem inglesa, sem tradução em várias línguas, é adotada em muitos países para definir a vontade consciente de maltratar e dominar outra pessoa e colocá-la sob pressão.
A pesquisa sobre bullying começou em 1990, após descobrirem que na Noruega o motivo de tantos suicídios era agressão entre colegas de escola. Os estudiosos pioneiros do deste caso foram Dan Olweus e Cleo Fante, e a partir das descobertas deles foi possível concluir que é preciso uma série de fatores complexos para aparecer uma conduta violenta em jovens, e após essa conduta violenta, o jovem acaba se tornando um agressor do bullying.
Os agressores tem personalidades autoritárias e dominadoras. A inveja e o ressentimento podem ser atribuídos como motivos, assim como problemas familiares, maus tratos, dificuldades escolares e experiências traumáticas, mas alguns também tendem a ter desde criança um comportamento voltado à psicopatia, e agir como agem somente por puro prazer.
Os “bullies” tem tendência a serem bastante carismáticos, porém hostis, impacientes, intolerantes e líderes dos grupos de amizades, tem grande preocupação com a auto-imagem, enraivecem com facilidade e usam muita força bruta (no bullie masculino).
O bullying não envolve necessariamente criminalidade e violência, mas muitas vezes também abusos psicológicos e ofensas verbais (assim como no bullie feminino). Essas crianças são as que mais tem propensão a se auto-destruir, com o consumo de álcool e drogas.
Não pode-se dizer que o bullying ocorre em um determinado tipo de sociedade, pois esse é um problema que acontece em muitos lugares. Qualquer pessoa pode, por algum fator, possuir uma conduta violenta e ser um agressor.
Esse só ocorre quando o agressor possui um poder maior que a vítima, normalmente são vários agressores e uma vítima.
Esse só ocorre quando o agressor possui um poder maior que a vítima, normalmente são vários agressores e uma vítima.
Um fato que faz com que o bullying não seja extinto é o medo da pessoa de falar com alguém sobre o assunto, pois, muitas vezes, acha que quando tentar se livrar do problema, mais pessoas irão praticar bullying, assim piorando a atual situação.
O aluno que sofre bullying tende a se calar sobre as agressões muitas vezes por falta de apoio dos adultos quando eles se queixam sobre o ocorrido ou até mesmo por vergonha de se expor como fracos perante os colegas assim se culpando pela incapacidade de se defender.
O isolamento da pessoa agredida é algo marcante no processo , pois ela é excluída de todo grupo social, pois os alunos ou o grupo que aprestarem apoio a vitima passam a ser vistos como alvos em potencial aos olhos dos agressores, por isso o isolamento da pessoa ocorre devido ao medo dos outros colegas se envolverem.
Não existe ao certo um padrão das seqüelas que o bullying pode deixar em suas vítimas, pois varia das características individuais à relações com o meio social, especialmente a família, por isso em muitos casos o agredido se dedica ao extremo aos estudos e outras atividades, conseguindo destaque e notoriedade que auxilia na superação desse trauma sofrido.
Porém, do contrario o agredido poderá desenvolver sentimentos negativos afetando a auto-estima assim desencadeando problemas em se relacionar, comportamentos agressivos e além de tender a uma depressão altíssima, ao qual é a responsável por grande parte dos distúrbios psicológicos como psicomotoras, prejuízo funcional significativo (piorar o desempenho escolar ou no trabalho), Anedonia (perda de prazer nas atividades diárias) e a Apatia (perda de emoção, motivação ou entusiasmo).
A Canção Nova fez uma entrevista com Gabriel Chalita sobre o bullying.
cancaonova.com: Esta prática é prejudicial às crianças?
Chalita: Ele é prejudicial porque marca a vida da pessoa para sempre. Há muitos casos de jovens, em muitos países do mundo, que se matam por causa do bullying. É como essas histórias americanas de um jovem que entra no teatro e mata outros jovens e depois se mata. Isso é um tipo de culminância do bullying. É alguém que não agüentava mais sofrer, por isso acabou matando outras pessoas e destruindo a própria vida.
Chalita: Ele é prejudicial porque marca a vida da pessoa para sempre. Há muitos casos de jovens, em muitos países do mundo, que se matam por causa do bullying. É como essas histórias americanas de um jovem que entra no teatro e mata outros jovens e depois se mata. Isso é um tipo de culminância do bullying. É alguém que não agüentava mais sofrer, por isso acabou matando outras pessoas e destruindo a própria vida.
cancaonova.com: Essa prática pode marcar a vítima durante toda a vida?
Chalita: Sim, por isso é importante que os pais percebam as reações de seus filhos. Observar se o filho gostava de ir à escola, mas já não gosta mais; se a filha, que era muito participativa, agora fica quieta, tímida. Se o filho está escondendo alguma coisa, isso quer dizer que algo estranho está acontecendo na vida deles. Para termos uma idéia do elemento assustador que é o bullying, hoje, há um relato, nos países que fizeram uma pesquisa sobre este assunto, de que 40% das crianças, em idade escolar, sofrem desse mal. Quase metade da população escolar passa por isso. Daí a importância do tema e dos pais estarem bem preocupados em como orientar seus filhos para que eles não sofram as consequências do bullying.
Chalita: Sim, por isso é importante que os pais percebam as reações de seus filhos. Observar se o filho gostava de ir à escola, mas já não gosta mais; se a filha, que era muito participativa, agora fica quieta, tímida. Se o filho está escondendo alguma coisa, isso quer dizer que algo estranho está acontecendo na vida deles. Para termos uma idéia do elemento assustador que é o bullying, hoje, há um relato, nos países que fizeram uma pesquisa sobre este assunto, de que 40% das crianças, em idade escolar, sofrem desse mal. Quase metade da população escolar passa por isso. Daí a importância do tema e dos pais estarem bem preocupados em como orientar seus filhos para que eles não sofram as consequências do bullying.
O resto da entrevista se encontra no site http://www.cancaonova.com/portal/canais/entrevista/entrevistas.php?id=929
Depoimento de Daniele Vuoto sobre quando sofreu bullying e como superou.
"Meu nome é Daniele Vuoto, uma gaúcha que não teve muita sorte na escola, mas deu a volta por cima! Minha vida escolar começou razoavelmente bem, só não teve o final feliz que eu esperava. Desde a pré-escola, quando via alguma coleguinha sendo motivo de risada, eu ia lá e defendia. Não achava certo!
Com o tempo, isso virou contra mim: por virar amiga das vítimas, passei a ser uma. As desculpas utilizadas na época eram coisas banais:eu ser muito branca, muito loira, as notas altas, e mais tarde minha tendinite virou motivo de piada também. No começo, as agressões vinham mais de outras turmas, e não muito da que eu estudava. O clima passou a ficar pesado demais, e com 14 anos resolvi mudar de escola."
O resto do depoimento encotra-se no site http://www.jornaljovem.com.br/edicao11/convidado04.php
Referências bibliográficas:
Livro Mentes Perigosas de Ana Beatriz Barbosa Silva
Exelente Materia ,Muito informativa e ao mesmo tempo preucupante ,infelizmente ja sofri bullying isso mudou minha vida.E algo a ser tratado com seriedade por que perder uma vida por brincadeirinha de palhaços , não tem graça nenhuma.
ResponderExcluirBom texto. As crianças e adolescentes vivem numa eterna competição na questão de popularidade e essas coisas...quem vence essa competição estabelece os padrões comportamentais aos quais os coleguinhas devem se adequar. Os pais antigamente não davam muita importância, mas hoje se sabe que é algo mais complexo do que se imagina. Qualquer pessoa que fuja do padrão estabelecido pelas pessoas mais influentes da sala de aula, é motivo de exclusão...isso de certa forma revela de forma mais lúdica uma faceta excludente da sociedade, onde os considerados anormais aos padrões são discriminados...só que em escala menor...agora já sabemos que a raiz de toda a desigualdade provavelmente começa na escola, na infância...além do óbvio de mexer com o psicológico da criança e influenciar no desenvolvimento da mesma. Eu mesmo já sofri Bullying e provavelmente é o motivo de ser tão tímido até hoje...pois essa atitude condiciona a criança a se importar com o pensamento alheio e das consequências desse pensamento não estar em concordância com o comportamento que a vítima adota, e isso não desaparece na infância...pode se refletir durante toda a vida.
ResponderExcluirUltimamente muito se fala sobre bullying pois está sempre na mídia. Gostei bastante da matéria pois não só mostra o que é o bullying, mas também depoimentos de pessoas que sofreram esse tipo de agressão emocional ou física. Acho que todos, algum dia, já devem ter sofrido algum tipo de bullying seja na escola, ou no trabalho, ou na internet. Os pais devem mostrar aos filhos não só o que fazer quando se sofre bullying mas, também a não se tornar um "bully".
ResponderExcluirmuito boom o texto *--*
ResponderExcluiro pato não morre 0_0
ResponderExcluirmas gostei muuito do texto, pq fala oque é bem o bullying, eu já sofri muito bullying praticado pelos chamados bulles, por eu ser gordinho, mas eu tambem acho que hoje em dia, tudo é classificado como bullying! beijos beeijos
Muito boa essa matéria, ela sai do senso-comum que temos sobre o Bullying, sem esquecer de mencionar que o Agressor, o "Bullie" no caso também é uma vítima e deve ser ajudada.
ResponderExcluirHoje, muitos jovens brincam com essa situação e é extremamente desagradável pois é um assunto de extrema seriedade, que deve ser combatido, não com violência e protestos agressivos, mas primeiro de tudo fazer uma pesquisa detalhada sobre, tentar conversar com as vítimas e agressores e por fim, SEMPRE transmitir a um adulto responsável o que se passa, mesmo se você for apenas a 'Vítima Passiva', como são chamados aqueles que só assistem ao acontecido (por exemplo o agressor enfrentando a vítima em pleno corredor na escola e se forma uma roda em volta de ambos).
Vocês, jovens assim como eu devem, sinceramente para com as brincadeiras sobre Bullying. É uma agressão triste e desagradável, tanto para quem sofre quanto para quem faz a ação. Bullying é caracterizado pela provocação ofensiva e contínua, seja ela verbal ou física. Aprendam a observar isso e não sejam passivos. Contem aos diretores, professores e se eles não se importarem, procure psicólogas, médicos, o que for, mas não deixe acontecer mais. É importante para o futuro do País que contribuamos com o combate não-violento das agressões escolares. E mais importante ainda: devemos aprender a NÃO JULGAR precipitadamente, porque nós nunca sabemos o que o agressor passar em seu âmbito familiar ou o que se passa na mente dele (doenças psicológicas no caso ou perfil psicopata).
Lembrem-se sempre de tomar cuidado com as palavras, pois mesmo não sendo Bullying, palavras tem forças maiores que um soco. Respeite a vida do outro, mesmo que vá contra a sua opinião. Fale e Faça para os outros só o bem, que você vai receber o bem, sem remorso e sem drama algum.
Já sofri bullying também na minha época de escola. Eu era mt zuado, em qualquer aspecto e realmente não era bom. Mas consegui me superar em alguns quesitos. Na minha opinião deveria existir algum tipo de terapia participativa nas escolas... onde o governo poderia investir uma certa verba só para tratar isso. Mas investir em psicologos bons e não nesses fuleiros qualquer que encontra por aí. Deveria existir uma certa tropa de psicologia nas escolas, analisando os alunos semanalmente em off para poder ajuda-los a desabafar e explicar o problema. Isso iria ajudar muito, pode ter ctz. Afinal, uma terapia semanalmente é o certo a se tratar, pois todos precisam de psicologos. (:
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